Foi há breves minutos. Eu e a minha vizinha “loura“, aquela que me rejeita, que me repudia, que me bloqueia, que nada quer comigo no Face, trocámos breves olhares à porta do supermercado.
E faltou-nos a “fulminância” do olhar. Um quase ódio estampado na face foi o máximo que lhe consegui.
Chocado percebi que nunca haverá intimidade, qualquer cumplicidade entre estas nossas duas almas. Não fazem chispa. Não há fogo, nem nada arde sem se ver. De nada me vale saber que usava roupa interior rosa, pois vi que faltava hoje esse conjunto no seu estendal.
Triste, apeteceu-me gritar-lhe: ÉS A MINHA DESMUSA! ÉS A MINHA DESMUSA!
Sentindo-me traído pelo destino, uma forte tentação quase me fez cuspir em todos os livros do Paulo Coelho que vi numa livraria ao lado. Mas tive que correr. A padaria estava a fechar!
O Pedro que eu conheci bebia chá e comia scones, nas tertúlias domésticas da casa de seus pais, fazia parte do grupo de pessoas que considero inteligentes e que foi com toda a certeza ensinado que as amizades se conquistam, constroem-se. Não podemos querer que alguém que mora perto de nós seja nosso "amigo" no facebook (ou seja lá onde for), apenas e só porque temos essa vontade, há que criar laços, conversar, arranjar forma de criar qualquer tipo de ligação antes de partir para uma amizade, ou será que me vais espantar e vais dizer que pertences àqueles que se escondem por detrás de um ecrã de computador e se sentem felizes por fazer amigos que nunca sentiram?? Não me parece que com estes comentários, vás alguma vez deixar de ter mais que um "Ódio" no olhar da pessoa em questão, Oh Pedro, não te parece que chamar "quase ódio" é dourar o cenário?? Além disso, deves ter em conta que hoje em dia até é moda os homens vestirem cor-de-rosa !! Bjs
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